“Vejo o esquecimento como preparação no sentido de que vamos deixando as coisas aos poucos, permitindo que algumas coisas desapareçam, se tornem desimportantes para nós.”
junho 22, 2013 às 4:11 pm | Publicado em Ivan Grilo, Valter Hugo Mãe | Deixe um comentário
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“Margarida a Violeta conhecia, uma era cega a outra bem louca vivia, a cega entendia o que a louca dizia e acabou vendo o que ninguém mais via!” Clarice Lispector.
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Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso, melhor se guarda o vôo de um pássaro Do que de um pássaro sem vôos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: Guarde o que quer que guarda um poema: Por isso o lance do poema: Por guardar-se o que se quer guardar. Antonio Cícero.
Em 09/11/2006 minha amiga querida Tilla e eu resolvemos criar o Margarida e Violeta, que é para nós uma caixinha pra guardar os textos. poemas frases e etc. que nos comoveram. Ao longo dos anos o M. e V. se tornou cada vez mais meu cantinho, cada vez mais novos escritores que leio vão surgindo aqui.
O que tem aqui
é de se ler
se copiar
se viver
e fazer anotação no canto
sublinhar
e encher de marcadores coloridosBem vindos e fiquem a vontade para compartilhar palavras e palavras.
abraço
I. Crespo-
poema de titulos
- AH! Ah se pelo menos o pensamento não sangrasse! Ah se pelo menos o coração não tivesse memória! Como seria menos linda e mais suave minha história Cacaso
- As coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis: Elas desejam ser olhadas de azul – Que nem uma criança que você olha de ave. Manoel de Barros
- “Vejo o esquecimento como preparação no sentido de que vamos deixando as coisas aos poucos, permitindo que algumas coisas desapareçam, se tornem desimportantes para nós.”
- Método de Francês
- A Palavra Seda
- Para um amor no Recife
- Até pensei
- A maior riqueza do homem
- O lado fatal
- Bobsó
- Autor desconhecido não existe
- There is a limit to the amount of misery and disarray you will put up with, for love,
- Canção
- por Ingrid Crespo
- Materiais (de Liturgia da matéria)
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