A ENCANTAÇÃO PELO RISO

outubro 25, 2010 às 11:21 pm | Publicado em Velimir Khlébnikov | 1 Comentário

Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos, rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos – risadas de sorrideiros risores!
Hílare esrir, risos de sobrerridores riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, riando,
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!

1910
(Tradução: Haroldo de Campos)

Tempos-juncos
Na margem do lago,
Onde as pedras são tempo,
Onde o tempo é de pedra.
No lago da margem,
Tempos, juncos,
Na margem do lago,
Santos, juntos.

1908 ou 1909
(Tradução: Augusto de Campos e Boris Schnaiderman).

Velimir Khlébnikov

The Sheltering sky

outubro 25, 2010 às 12:49 am | Publicado em ihh não sei | 1 Comentário

Because we don’t know when we will die, we get to think of life as an inexhaustible well, yet everything happens only a certain number of times, and a very small number, really. How many more times will you remember a certain afternoon of your childhood, some afternoon that’s so deeply a part of your being that you can’t even conceive of your life without it? Perhaps four or five times more, perhaps not even that. How many more times will you watch the full moon rise? Perhaps twenty. And yet it all seems limitless.

The Sheltering sky – Bertolucci

Porque nós não sabemos quando vamos morrer, pensamos na vida como um poço incansável, ainda assim tudo acontece apenas um certo número de vezes, e um número muito pequeno, realmente. Quantas vezes mais você vai lembrar de uma certa tarde da sua infância, uma tarde que é tão profundamente uma parte do seu ser que você não consegue nem imaginar sua vida sem ela? Talvez quatro ou cinco vezes mais, talvez nem isso. Quantas vezes mais você vai observar a lua cheia subir? Talvez vinte. E ainda assim, parece sem limites.

(Tradução J.D. Crespo)
O céu que nos protege – Bertolucci

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